- O malogro da Graciosa em Marrocos
Desde o tempo de seu pai, que as 4 praças em Marrocos, estavam reconhecidas desde 1471 por Mulei Xeque, senhor de Arzila, quando assentou pazes com D.Afonso V reconhecendo a posse das quatro praças do norte de Marrocos e seus termos. D. Afonso V acrescentou ao seu título o de "rei do Algarve dalém mar em África".
Desde a conquista de Ceuta em 1415 que África era um campo de exercício militar, local para onde se mandavam os criminosos em vez de esticarem na forca, mas também os filhos segundos das casas nobres do Reino.
Também convinha a D.João II achar-se na posse dos principais pontos estratégico de modo a impedir pirataria na costa marroquina que assaltavam a nossa navegação vinda da Guiné e até forçando ataques às populações no litoral do Algarve .
A decisão à muito estava planeada, até a respectiva bula papal desde 1486 porém só em 1489, concretamente em Fevereiro que parte uma armada capitaneada por Gaspar Jusarte, para construir uma fortaleza, previamente baptizada de Graciosa, na foz do rio Lucos que banha Larache.
Situada a norte de Arzila era claramente uma ameaça a Alcácer Quibir e a Fez.
Já por si esta iniciativa, era uma clara confrontação com as tréguas acima referidas assinadas em 1471 e que previam a paz pelo menos um prazo de 20 anos, mas não era um caso isolado já que inúmeras refregas tinham acontecido nos anos de anteriores.
Não era portanto a melhor ocasião para o estabelecimento dessa fortaleza e esse também foi o entendimento dos marroquinos que entraram em confronto com as tropas portuguesas que intentavam construir a dita fortaleza.
Chegaram a partir do Algarve reforços em cerca de 20 unidades entre caravelas e outros navios, não chegando contudo a contenda a definir-se para nenhum dos lados, muito embora as baixas fossem bem pesadas, porque o clima local era verdadeiramente doentio.
Mulei Xeque tomou a iniciativa de propor uma paz aos portugueses, que foram posteriormente aceites por D.João II em 27 de Agosto desse mesmo ano
De novo as aventuras de conquista em África, não foram bem sucedidas.
- O Tratado de Confissom é editado em Chaves e considera-se o mais antigo livro cristão publicado em Portugal
Realmente já 2 anos antes e 30 após o invento de Gutenberg, um judeu de Faro de nome D.Samuel Porteiro, publicara uma edição das escrituras sagradas mas em hebraico o Pentateuco, os 5 livros livros que constituem a Torá.
- O arquipélago de Cabo Verde é doado por D.João II ao infante D.Manuel, duque de Beja e futuro D.Manuel I.
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