- O casamento do príncipe herdeiro
Estava implícito neste acordo o plano da união ibérica, pelo que alguns boatos sobre a possível aproximação, para efeitos de casamento com a infanta Isabel a mais velha e herdeira, com as casas de França e de Nápoles, não passavam disso mesmo, pois nada mais poderia agradar à coroa de Castela que o casamento da sua herdeira com o infante de Portugal.
Em Janeiro de 1490, foram convocadas cortes, reunindo-se em Évora no mês de Março, que aprovaram o enlace e estabeleceram uma contribuição de 100.000 cruzados, para cobrir as despesas com as solenidades.
Os esponsais celebraram-se em Sevilha, num domingo depois da Páscoa, debaixo de grandes festejos. Desde essa data o príncipe Afonso e a infanta Isabel estavam casados por procuração.
A reunião dos noivos, viria a realizar-se já perto do fim desse ano, depois de grandes preparativos, minuciosamente dirigidos pelo próprio Rei. Tudo preparado com grande fausto, conforme descrito por Garcia de Resende.
A princesa Isabel chegou a Elvas no dia 19 de Novembro, onde já se encontrava D.Manuel, duque de Beja, (longe estavam todos de saber as voltas do destino), para a receber junto à fronteira e conduzi-la a Évora onde o casamento se iria realizar, cujos festejos duraram vários dias.
Os estrangeiros presentes, que confessaram nunca ter visto melhor e as pessoas que assistiram aos eventos, foram unânimes em considerar este casamento como a coisa mais bela que alguma vez se realizou em Portugal.
- Maio,12-Morte da infanta Joana, filha de D.Afonso VI e irmã de D.João II
Nasceu em Lisboa em Fevereiro de 1452. Foi a primeira princesa de Portugal a receber o título de princesa herdeira do reino, por ter sido filha primogénita, antes do nascimento de D.João.
Joana foi regente do reino em 1471, por altura da expedição de D. Afonso V a Tânger.
Joana foi regente do reino em 1471, por altura da expedição de D. Afonso V a Tânger.
Dotada de grande beleza foi pretendida por vários príncipes europeus. Revelou desde muito tenra idade uma grande vocação religiosa preferindo ser freira, primeiro recolheu-se no mosteiro de Odivelas e mais tarde no Convento de Jesus de Aveiro. Esta última decisão foi contestada tanto pelo rei como pelo povo, dado que o Convento de Jesus era muito pobre e, na opinião geral, indigno de uma princesa
Por imposição do rei e dos teólogos da corte, nunca lhe foi permitido professar, mas mesmo assim não abandonou o mosteiro, ficando a usar o véu de noviça. Viveu na humildade e na pobreza aplicando as suas rendas no socorro dos pobres.
A sua caridade era tão grande que foi apelidada como santa. Santa Joana Princesa como ficou conhecida
Mas a bela princesa adoeceu de peste e morreu em grande sofrimento. Quando o seu enterro passou pelos jardins do convento deu-se um facto insólito: as flores que ela havia tratado em vida caiam sobre o seu caixão prestando-lhe uma última homenagem.
Após este primeiro milagre, muitos outros foram atribuídos a Santa Joana Princesa, levando a que, duzentos anos depois, o Papa Inocêncio XII concedesse a beatificação a esta infanta de Portugal.
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Por imposição do rei e dos teólogos da corte, nunca lhe foi permitido professar, mas mesmo assim não abandonou o mosteiro, ficando a usar o véu de noviça. Viveu na humildade e na pobreza aplicando as suas rendas no socorro dos pobres.
A sua caridade era tão grande que foi apelidada como santa. Santa Joana Princesa como ficou conhecida
Mas a bela princesa adoeceu de peste e morreu em grande sofrimento. Quando o seu enterro passou pelos jardins do convento deu-se um facto insólito: as flores que ela havia tratado em vida caiam sobre o seu caixão prestando-lhe uma última homenagem.
Após este primeiro milagre, muitos outros foram atribuídos a Santa Joana Princesa, levando a que, duzentos anos depois, o Papa Inocêncio XII concedesse a beatificação a esta infanta de Portugal.
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