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domingo, 27 de abril de 2008

D.Jorge de Lencastre(1492)

Já foi referido anteriormente as consequências da morte do infante D.Afonso, nos planos reais da sucessão ao trono.

D.João II e sua mulher D.Leonor para além dum filho morto à nascença, apenas haviam gerado o príncipe D.Afonso, não havendo portanto outro descendente, que se perfile na linha de sucessão.

O rei havia antes de casar, da sua relação com D.Ana Furtado de Mendonça, tido um filho D.Jorge de Lencastre, nascido em Abrantes em Agosto de 1481,e mais tarde em 1485, uma filha bastarda de nome Brites Anes.

Naturalmente que o rei pretendeu desde logo "promover" D.Jorge à condição de
herdeiro, até porque D.Jorge já residia junto da corte, onde, como diziam os cronistas Foi tão bem aceite de todos, que até a Rainha D. Leonor, esquecidas antigas afrontas, não só recebeu afectuosamente o bastardo do marido, como quis agasalha-lo em sua casa para acabar de o criar.”

A morte do príncipe D. Afonso, veio alterar porém esta situação, tendo D. Jorge saído da Corte, até 12 de Abril de 1492 quando foi nomeado “governador e perpétuo administrador” das Ordens de Santiago e Avis, pois D. João II mandou retirar o filho da corte para não fazer sofrer a rainha, disse, justificando-se.

A verdadeira justificação desta aparente mudança de atitude, deveu-se ao feitio desconfiado, mas também cauteloso de D.João II, temendo que algo pudesse acontecer a ambos, resolveu afasta-lo da corte confiando-o à guarda do conde de Abrantes.

Decisão precipitada por certo, pois D.Leonor ter-se-á sentido ofendida com a mudança, passando a antagonizar as tentativas que D.João fez para legalizar esse seu filho, junto da Santa Sé.

O certo é que nunca o conseguiu ao mesmo tempo que se consolidava a candidatura à sucessão no trono, do irmão da Rainha o Duque de Beja, D.Manuel, que passou a contar com o apoio incondicional da sua irmã.


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