D.João II-13º Rei de Portugal
As entradas neste blog, são pequenos apontamentos de estudo de factos acontecidos no País neste reinado(1481 a 1495)
sábado, 17 de dezembro de 2011
Carta portulana de Pedro Reinel
Pedro Reinel foi um cartografo português autor da mais antiga carta de marear portuguesa assinada cerca de 1485 Trata-se de um portulano representando a Europa Ocidental e parte de África, que reflecte as explorações efectuadas pelo navegador ,Diogo Cão ao longo da costa africana.
Estes primitivos mapas não dispunham de um sistema de coordenadas, mas sim de linhas de rumo a partir de uma rosa dos ventos principal,que se entre cruzavam com outras linhas que partiam de rosas acessórias, dispostas ao redor da primeira. Este tipo de traçado permitia calcular os pontos de acerto de rota de navegação com o simples auxílio da bússola.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
A conversão de João Bemoim
Na década de 80 iniciaram-se contactos com chefes africanos, trazidos a Portugal por barcos portugueses e recebidos na corte. Principalmente vinha solicitar ajuda contra os seus inimigos e que tentavam na maioria dos casos para agradar à corte , fazer coincidir esse pedido de ajuda com a manifestação de vontade em se converterem ao cristianismo. pelo que essas visitas envolviam sempre um projecto de baptismo e posterior doutrinação.
Assim aconteceu com Bemoim irmão dum rei senegalês, que se sentia despojado dos seus interesses e juntando assim ao seu pedido de ajuda a fé numa conversão . O seu baptismo aconteceu no dia 3 de Novembro e com ele mais 6 companheiros do séquito que o acompanhou a Portugal, sendo alguns dias depois feito cavaleiro ao mesmo tempo que escrevia uma mensagem ao papa contando a sua história.
Só depois partiu uma armada de socorro com vinte caravelas e homens suficientes para construir uma fortaleza. Bemoim acabou morto em circunstâncias mal explicadas, pelo próprio capitão português encarregue de o levar de volta à sua terra e a fortaleza nunca chegou a ser edificada
Assim aconteceu com Bemoim irmão dum rei senegalês, que se sentia despojado dos seus interesses e juntando assim ao seu pedido de ajuda a fé numa conversão . O seu baptismo aconteceu no dia 3 de Novembro e com ele mais 6 companheiros do séquito que o acompanhou a Portugal, sendo alguns dias depois feito cavaleiro ao mesmo tempo que escrevia uma mensagem ao papa contando a sua história.
Só depois partiu uma armada de socorro com vinte caravelas e homens suficientes para construir uma fortaleza. Bemoim acabou morto em circunstâncias mal explicadas, pelo próprio capitão português encarregue de o levar de volta à sua terra e a fortaleza nunca chegou a ser edificada
sábado, 5 de novembro de 2011
Fundação do Hospital das Caldas
Fundado em 1485 pela Rainha D. Leonor, o Hospital Termal das Caldas da Rainha é um dos mais antigos do mundo, como o Santa Maria della Scala em Siena , o de Santa Maria Nouva ou o Hopital dos Inocente em Florença. Este era um estabelecimento de banhos e um hospital termal., muito embora este não fosse absolutamente igual aos hosputais medievais que se destinavam a pobres
Este era diferente por ser rural, pois nem sequer exista por ali uma vila no tempo da sua edificação, onde també se acolhiam "pessoas de qualidade" a par dos mais pobres, embora com instalações diferenciadas para uns e outros. Isso acontecia talvez pela sua caracteristica termal, pois as suas aguas sulfurosas exigiam um tratamento no local
. Segundo reza a História, em 1484, a esposa de D. João II ia em direcção à Batalha e, ao passar pelo sítio onde se viriam a erguer as Caldas, viu alguns pobres metidos em "prezas daquelas águas cálidas que saíam da fonte fumegando".
Perante a sua curiosidade foi-lhe respondido que eram doentes de "frialdades", e que naquelas águas encontravam remédio para os seus padecimentos. D. Leonor decidiu então criar melhores condições para os utilizadores daquelas águas, já que aqueles terrenos se encontravam em zona de sua propriedade
Este era diferente por ser rural, pois nem sequer exista por ali uma vila no tempo da sua edificação, onde també se acolhiam "pessoas de qualidade" a par dos mais pobres, embora com instalações diferenciadas para uns e outros. Isso acontecia talvez pela sua caracteristica termal, pois as suas aguas sulfurosas exigiam um tratamento no local
. Segundo reza a História, em 1484, a esposa de D. João II ia em direcção à Batalha e, ao passar pelo sítio onde se viriam a erguer as Caldas, viu alguns pobres metidos em "prezas daquelas águas cálidas que saíam da fonte fumegando".
Perante a sua curiosidade foi-lhe respondido que eram doentes de "frialdades", e que naquelas águas encontravam remédio para os seus padecimentos. D. Leonor decidiu então criar melhores condições para os utilizadores daquelas águas, já que aqueles terrenos se encontravam em zona de sua propriedade
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Acontecimentos no ano de 1493
- Início da construção da Sé Catedral do Funchal
A Sé Catedral do Funchal é um bonito monumento situado bem no centro histórico da capital do Arquipélago da Madeira, é considerada a mais emblemática obra do período Manuelino na Ilha da Madeira.
Os trabalhos de projecção e construção iniciaram-se em 1493, sendo concluídos em 1514, sobre os desígnios de Pero Annes e Gil Enes, numa obra característica do gótico tardio, conjugando os materiais locais com saberes antigos e modernos.
A Sé do Funchal é composta por várias capelas de épocas distintas, a planta é em cruz latina de três naves escalonadas, de transepto saliente e tecto de madeira, em algumas zonas em estilo mudéjar muito trabalhado, considerado dos mais importantes em território luso. Possui uma torre sineira terminada entre 1517 e 1518. A Sé apresenta um interior rico, com diversas obras de estatuária e pintura, destacando-se pormenores como, os assentos e apoios de braços, onde estão retratadas cenas da vida Madeirense.
Igualmente interessante é a Cruz Processional oferecida pelo Rei D. Manuel I, considerada uma das obras-primas da ourivesaria Manuelina, e o Cadeiral que se conserva no seu local de origem. É de salientar também, o órgão Romântico do século XIX, os retábulos de São Francisco de Xavier e a rica azulejaria decorativa.
Foi classificado Monumento Nacional em 1910.
- Álvaro de Caminha nomeado para capitão-donatário de São Tomé
Só em 1493, ano em que é nomeado Álvaro de Caminha para capitão-donatário e se dá a sua fixação na ilha, se inicia o efectivo processo de colonização, com a instalação de um número significativo de povoadores, incluindo os chamados “moços judeus”, crianças e jovens tirados pela força às famílias acolhidas em Portugal, depois da expulsão dos judeus de Castela.
Foram-lhe entregues os filhos recém-baptizados dos judeus e alguns degredados, bem como privilégio especial de comprar escravos no continente para povoar a ilha, outros privilégios seriam dados como o direito dos moradores de comerciarem livremente na costa do Manicongo e na ilha de Fernão do Pó.
Instalou o seu centro populacional na baía de Ana de Chaves, por lhe parecer mais adequada que o anterior local.
Durante o seu governo efectua introdução da plantação da cana de açúcar na ilha, com resultados bastante positivos.
O seu testamento é um documento importante para o estudo da colonização da ilha de S. Tomé.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A casa dos Escravos
A escravidão era praticada há muito tempo entre os africanos - e os árabes já negociavam escravos negros em todo Mediterrâneo desde o século 8. Mas com a introdução do ferro e do cavalo pelos portugueses, o comércio escravista aumentou muito na África.
Povos guerreiros africanos, como os jagas, passaram a capturar membros de outros povos, para obter os produtos portugueses. E quanto mais ferro e cavalos esses guerreiros obtinham, mais tinham força para conquista - e, dessa forma, mais escravos entregavam aos portugueses. Para se ter uma idéia, 1 cavalo equivalia a 20 escravos.
Não demorou muito tempo para que a venda de escravos se transformasse no mais importante negócio de Portugal. Em 1486, a coroa portuguesa fundou a Casa dos Escravos, ligada à Casa da Mina, garantindo para si todo o controle do comércio imperial.
Instituição fundada em Lisboa, sob a autoridade de D. Henrique , o tráfico luso-africano e receber as rendas anuais que eram pagas em escravos ou em géneros.
Assim, de 1469 a 1475 este tráfico foi entregue a vários homens dos quais se destaca Fernão Gomes, um dos principais comerciantes de Lisboa, em troca do pagamento anual de uma renda e da promoção e apoio à descoberta e exploração de terras ao longo da costa ocidental africana.
Este tráfico tornou-se mais intenso quando foram celebrados os contratos onde se destacou Bartolomeu Marchione, um banqueiro florentino residente em Lisboa, entre 1486 e 1495, que tinha largos interesses no comércio do açúcar da Madeira e que participou na organização financeira de muitas expedições, entre as quais se destaca a de Pedro Álvares Cabral, em 1500.
Povos guerreiros africanos, como os jagas, passaram a capturar membros de outros povos, para obter os produtos portugueses. E quanto mais ferro e cavalos esses guerreiros obtinham, mais tinham força para conquista - e, dessa forma, mais escravos entregavam aos portugueses. Para se ter uma idéia, 1 cavalo equivalia a 20 escravos.
Não demorou muito tempo para que a venda de escravos se transformasse no mais importante negócio de Portugal. Em 1486, a coroa portuguesa fundou a Casa dos Escravos, ligada à Casa da Mina, garantindo para si todo o controle do comércio imperial.
Instituição fundada em Lisboa, sob a autoridade de D. Henrique , o tráfico luso-africano e receber as rendas anuais que eram pagas em escravos ou em géneros.
Assim, de 1469 a 1475 este tráfico foi entregue a vários homens dos quais se destaca Fernão Gomes, um dos principais comerciantes de Lisboa, em troca do pagamento anual de uma renda e da promoção e apoio à descoberta e exploração de terras ao longo da costa ocidental africana.
Este tráfico tornou-se mais intenso quando foram celebrados os contratos onde se destacou Bartolomeu Marchione, um banqueiro florentino residente em Lisboa, entre 1486 e 1495, que tinha largos interesses no comércio do açúcar da Madeira e que participou na organização financeira de muitas expedições, entre as quais se destaca a de Pedro Álvares Cabral, em 1500.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Tratado entre D. João II e os habitantes de Azamour.
Em 16 de Agosto de 1486 foi ratificado um tratado assinado entre D.João II e os habitantes de Azamor.
Azamor é uma cidade situada na margem esquerda do rio Morbeia, a cerca de dez quilómetros da antiga Mazagão, no norte do Marrocos.
Embora dependente do rei de Fez, constituía-se numa povoação comercial bastante dinâmica.
Reputada pela excelência de seu porto fluvial, em 1486, devido à instabilidade política regional, os seus habitantes pediram a protecção do rei D. João II , de quem se tornaram vassalos e tributários.
O tributo anual era de dez mil sáveis, peixe abundante naquele rio, permitindo o estabelecimento de uma feitoria. Como primeiro feitor foi escolhido o escudeiro Martim Reinel, que já lá se encontrava em função da negociação do acordo, cujas funções exerceu até 1501.
Azamor é uma cidade situada na margem esquerda do rio Morbeia, a cerca de dez quilómetros da antiga Mazagão, no norte do Marrocos.
Embora dependente do rei de Fez, constituía-se numa povoação comercial bastante dinâmica.
Reputada pela excelência de seu porto fluvial, em 1486, devido à instabilidade política regional, os seus habitantes pediram a protecção do rei D. João II , de quem se tornaram vassalos e tributários.
O tributo anual era de dez mil sáveis, peixe abundante naquele rio, permitindo o estabelecimento de uma feitoria. Como primeiro feitor foi escolhido o escudeiro Martim Reinel, que já lá se encontrava em função da negociação do acordo, cujas funções exerceu até 1501.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Acontecimentos no ano de 1485
- Alteração ao brazão de Portugal
Historicamente, a associação da esfera armilar a D. Manuel deu-se aquando da sua investidura no Ducado de Beja por D. João II, em 1484, logo após o assassínio do seu irmão D. Diogo, Duque de Viseu, tendo D. João concedido a D. Manuel, a esfera armilar.
Assim, em 1485 (segundo o relato de Rui de Pina na sua crónica de D. João II) ordenou a supressão da flor-de-lis da Ordem de Avis da bandeira (por sentir que a mesma estava à margem da identidade nacional que o escudo dos castelos e quinas começavam a transmitir).
Estabeleceu igualmente a colocação vertical das quinas laterais do escudo, uma vez que os escudetes derribados poderiam ser heraldicamente considerados como sinal de bastardia ou derrota, o que não era o caso.
Assim, em 1485 (segundo o relato de Rui de Pina na sua crónica de D. João II) ordenou a supressão da flor-de-lis da Ordem de Avis da bandeira (por sentir que a mesma estava à margem da identidade nacional que o escudo dos castelos e quinas começavam a transmitir).
Estabeleceu igualmente a colocação vertical das quinas laterais do escudo, uma vez que os escudetes derribados poderiam ser heraldicamente considerados como sinal de bastardia ou derrota, o que não era o caso.
- Dezembro,16-Carta de doação da capitania de São Tomé a João de Paiva
Nesse ano, por carta régia de 24 de Setembro, foi estabelecida a donataria de São Tomé e nomeado capitão-donatário o escudeiro João de Paiva, com a obrigação de promover o povoamento da ilha.
Pela chamada “carta de foral” de 16 de Dezembro de 1485, foi, por sua vez, concedido um vasto conjunto de privilégios aos respectivos moradores, que, nessa data, eram ainda muito poucos.
Pela chamada “carta de foral” de 16 de Dezembro de 1485, foi, por sua vez, concedido um vasto conjunto de privilégios aos respectivos moradores, que, nessa data, eram ainda muito poucos.
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